CONTINUAREI A PESAR O VOSSO COMPORTAMENTO PARA AVALIAR SE MERECEIS SER TRANSPORTADOS NA MINHA BARCA

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

« UMA VERGONHA... »


Chegou-me às mãos, com pedido de publicação, o texto do Coronel Vitor Santos que abaixo transcrevo e com o qual estou, completamente, de acordo. A maior vergonha para um povo é a ingratidão para com os que por ele se sacrificaram. Leiam, meditem e olhem para o espelho...

"Especialistas ingleses e norte-americanos estudaram comparativamente o esforço das nações envolvidas em vários conflitos em simultâneo, principalmente no que respeita à gestão desses mesmos conflitos , nos campos da logistica-geral , do pessoal , das economias que as suportam e dos resultados obtidos.Assim , chegaram à conclusão que em todo o Mundo só havia dois países que mantiveram trêsTeatros de Operações em simultâneo; a poderosa Grã-Bretanha, com frentes na Malásia ( a 9.300 Kms de 1948 a 1960 ); no Quénia ( a 5.700 Kms de 1952 a 1956 ) , e em Chipre ( a 3.000 Kms de 1954 a 1959 ), e o pequenino Portugal, com frentes na Guiné ( a 3.400 Kms ), Angola ( a 7.300 Kms ) e Moçambique ( a 10.300 Kms ) de 1961 a 1974 ( 13 anos seguidos ).Estes especialistas chegaram à conclusão que Portugal, dadas as premissas económicas, as dificuldades logísticas para abastecer as 3 frentes , bem como a sua distância , a vastidão dos territórios em causa e a enormidade das suas fronteiras, foi aquele que melhores resultados obteve.
...Em todo o Mundo civilizado, e não só em países ricos, cidadãos protagonistas dos grandes conflitos e catástrofes com eles relacionados, vencedores ou vencidos, receberam e recebem por parte dos seus Governos , tratamentos diferenciados do comum dos cidadãos , sobretudo nos capítulos sociais da assistência na doença, na educação, na velhice e na morte.
EM TODO O MUNDO MENOS EM PORTUGAL...
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Texto completo, altamente recomendável, em
http://rosadosventosnorton.blogspot.com/

sábado, 21 de fevereiro de 2009

« OS PORTUGUESES E OS MONSTROS »

Ontem passou-me pelas mãos a reflexão que Eduardo Prado Coelho escreveu no jornal "O Público" sobre os portugueses, pouco antes de morrer.
Por considerar a sua leitura de grande utilidade, quanto mais não seja, como exercício mental, decidi publicá-la no meu blogue
Embora não concordando, inteiramente, com ele, ao relê-la lembrei-me da máxima popular que diz que “cada um tem aquilo que merece” e fui levado a interrogar-me se a criação de monstros não será uma fatalidade dos portugueses.
De facto, no decorrer dos mais de 900 anos da sua história, os portugueses mantiveram algumas características ao longo de todo esse tempo.
De todas, há uma que se destaca: a capacidade que os portugueses têm de criarem “monstros” que os devoram.
Após o “ 28 de Maio “ criaram o “monstro” do fascismo; após o “ 25 de Abril” criaram o “monstro” do facilitismo; após a entrada para a Europa, como bons alunos, copiaram e institucionalizaram o mais voraz de todos: o politico profissional.
Aquele “monstro” que os devora legislando para defender interesses pessoais ou do seu grupo; criando, para si, condições de que mais nenhum outro grupo beneficia:
acumulação de cargos;
cartão de crédito dourado sem limite de despesas;
contratos com indemnizações chorudas;
direito a ficar com os carros que o Estado pagou;
avenças anafadas;
reformas escandalosas; etc.,etc…

Depois de pensarem nisto tudo, será que os portugueses ainda serão capazes de olhar para o espelho ?...
Será que o Eduardo Prado Coelho tinha razão ?!...

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

« PARA CHORAR DE VERGONHA »

Eduardo Prado Coelho, antes de falecer (25/08/2007), teve a lucidez de deixar aos portugueses a reflexão que se segue. Por isso, façam uma leitura atenta e ponham a mão na consciência.

Precisa-se de matéria-prima para construir um País

A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres.
Agora dizemos que Sócrates não serve. E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada. Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates.
O problema está em nós. Nós como povo. Nós como matéria-prima de um país.
Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro. Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais.
Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.
Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos ....e para eles mesmos.
Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo; onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.
Pertenço a um país:
-Onde a falta de pontualidade é um hábito;
-Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.
-Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e, depois,reclamam
do governo por não limpar os esgotos.
-Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.
-Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é 'muito chato ter que
ler') e não há consciência nem memória política, histórica nem económica.
-Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só
servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar alguns.
Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser 'compradas', sem se fazer qualquer exame.
- Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou
um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme
para não lhe dar o lugar.
- Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão.
- Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos
governantes.
Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado.
Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.
Não. Não. Não. Já basta.
Como matéria-prima de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa.
Esses defeitos, essa 'CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA' congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente má,porque todos eles são portugueses como nós,ELEITOS POR NÓS.
Nascidos aqui, não noutra parte...
Fico triste. Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje, o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria-prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos.
E não poderá fazer nada...
Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.
Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, nem serve Sócrates e nem servirá o que vier.
Qual é a alternativa?
Precisamos de mais um ditador,para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror?
Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa 'outra coisa' não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados....igualmente abusados!
É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda...
Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um messias.
Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer.
Está muito claro... Somos nós que temos que mudar.
Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos: desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e, francamente, somos tolerantes com o fracasso. É a indústria da desculpa e da estupidez.
Agora, depois desta mensagem, francamente, decidi procurar o responsável, não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir) que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido.
Sim, decidi procurar o responsável e
ESTOU SEGURO DE QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO.
AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO NOUTRO LADO.
E você, o que pensa?.... *MEDITE*!

Eduardo Prado Coelho, in "Público"

sábado, 14 de fevereiro de 2009

« DESAFINADO »


Faz agora 50 anos que João Gilberto e Tom Jobim criaram o seu "Desafinado", que foi o passaporte para a internacionalização da "Bossa-Nova". Primorosa composição que de desafinado nada tinha a não ser o que os seus compositores queriam que parecesse desafinar.
Como a Literatura, a Música é, também, um precioso elemento de ligação e um priveligiado meio de unir os povos duma mesma Língua.
Mesmo que a CPLP os esqueça e por muito singela que seja esta homenagem a estes dois grandes compositores da lusofonia, eu, pelo menos, fico com a grande alegria de não os ter esquecido.

Fonte: http://rosadosventosnorton.blogspot.com/

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

« HISTÓRIA DE CASAS-DE-BANHO »


Sofisticadas, originais ou clássicas, todas as casas de banho têm uma coisa em comum: são o último reduto da privacidade.
A sua história é fascinante.As casas de banho percorreram um longo caminho até serem conhecidas como são hoje.
Ir à "casinha", "ali dentro", ao WC ou à casa de banho é, também, um eufemismo para designar o que é hoje o mais privado dos actos. Algo que, mais do que privado, foi outrora camuflado.
Como tudo o que é humano, também aqui há uma longa história.Quem visitar o Museu dos Coches deve prestar uma atenção especial à carruagem de D. Filipe II: não só por ser a mais antiga da colecção (século XVII) mas também devido a um pormenor: sob o assento um buraco abre directamente para o chão. Este permitia ao rei aliviar-se durante as suas viagens longas e fastidiosas pelas estradas poeirentas ou lamacentas da época.
A primeira banheira antes de Cristo
Este é só um episódio da velha e complicada relação entre uma das mais básicas necessidades do corpo humano e a civilização. Temos de recuar, pelo menos, a vestígios do vale do Indo datados de 3000 anos antes de Cristo ou ao mítico palácio de Cnossos, na Ilha de Creta, mais de um milénio anterior à era cristã - e que inclui a mais antiga banheira conhecida - para percebermos que os nossos antepassados começaram a preocupar-se muito cedo em criar condições próprias para satisfazer as suas necessidades fisiológicas. Aliás, os vestígios de instalações sanitárias encontrados nestes dois locais fariam inveja ao século XIX.
Mas avancemos e fiquemo-nos pelo Império Romano.
Tal como os gregos, os romanos também tinham latrinas públicas e privadas, em grande quantidade, e era proibido fazer despejos na via pública. As latrinas colectivas ligam-se ao esgoto urbano e têm cerca de vinte lugares. Cada um deles possui muretes de cerca de 80 centímetros que serviam para apoiar os braços e separavam o utilizador do seu vizinho - não se pode dizer que a privacidade fosse grande, pelo menos para os nossos critérios.O sistema de escoamento das águas era sofisticado e permitia que estas instalações se mantivessem razoavelmente limpas. E - coincidência incrível -, tal como hoje, estas eram os alvos preferenciais dos autores de "graffiti". Claro, nas inscrições a giz e a carvão encontradas, não consta terem sido descobertas frases como "Luís love Joana", "Abaixo os profes" ou "És parvo"...
Sistema do "água vai"
Chegada a Idade Média, vão desaparecendo os antigos aquedutos e redes de esgotos.
O calcetamento das ruas e a captação das águas são um problema sério. De Edimburgo a Lisboa, passando por Paris ou Londres, o sistema do "água vai!" causa toda a espécie de cenas, sobretudo se quem passa não for rápido o suficiente ou se quem entorna o bacio se esquece de avisar da descarga. As ruas das cidades enchem-se de imundícies, entre dejectos humanos, animais, lama ou restos de cozinha. As latrinas públicas diminuem muito e há instalações nas casas senhoriais e nos conventos.Nos castelos são escavadas em pedra - no Paço de Guimarães quer no Palácio Real de Sintra são construídas "privadas". De resto, as latrinas particulares são muito raras e precárias: fossas a céu aberto. E até ao século XX, em muitos países europeus, ainda anda uma carroça pela manhã, com o respectivo pregão a anunciar a sua passagem, para que as criadas de quarto deixem os bacios na rua.
O século XVII
é rico em histórias sobre os hábitos de higiene (ou falta dela) nas grandes cortes europeias, mas há exageros. O palácio de Versalhes tem pelo menos uma centena de casas de banho (assim chamadas, devido às banheiras). Nesta época abundam as sanitas disfarçadas de cadeiras. No palácio de Luís XIV um inventário real regista 264 destes "meubles odorants". E na mesma época em que Filipe II de Portugal se passeia no seu coche com uma abertura sob o assento, o Rei-Sol usa a sua retrete pessoal como um trono: ali dá audiências, recebe embaixadores, faz anúncios. Só que as sanitas vão sendo cada vez mais disfarçadas.Um modelo muito popular em França será o "Voyage aux Pays Bas", título de diversos volumes de uma obra que escondia a função verdadeira do móvel. E a função do corpo humano que se tornará a mais privada de todas.
Só no século XIX
é que a higiene sanitária chegue aos moldes que hoje conhecemos. Em Inglaterra inventam-se modelos com dispositivos sofisticados, as "water closets" - WC - feitas em porcelana e ligadas ao esgoto geral. Tal como na antiga Roma. Apesar de tudo, mais sofisticado.
E a casa de banho de hoje é um lugar cada vez mais asséptico. Cujo conforto e grau de sofisticação, em restaurantes ou discotecas, é sinal de prestígio.
Diz-me que casa de banho tens, dir-te-ei quem és...

Nair Alexandre (texto) José ventura e Reis Duarte Silva (fotos)Texto publicado na edição do Expresso de dia 3 de Janeiro de 2009.

- A 5ª COLUNA DA LUSOFONIA -


A 5ª coluna da lusofonia é, indubitavelmente, a Comunicação Social.Com os seus órgãos e os seus agentes, a Comunicação Social, salvo raras e honrosas excepções, é um factor de clivagem dentro das sociedades lusófonas e entre uns e outros. Ela actua em todos os sectores, desde a Literatura à Televisão, passando pela Imprensa e pela Rádio.Actuando de forma consciente uns, por seguidismo outros, os elementos desta 5ª coluna movimentam-se, principalmente, nos dois Países que mais responsabilidade têm na preservação da Lusofonia.O modo de actuar é bem insidioso, assumindo a forma de afirmações, insinuações e um mau tratamento despudorado da Língua. Despudorado, porque ao mau tratamento que se dá à Língua, embora a maioria o faça por ignorância e má formação profissional, os responsáveis com boa formação assistem impávidos aos erros que se cometem. Não me acredito que eles não detectem o erro quando um jornalista começa uma oração no pretérito perfeito e a termina no presente-do-indicativo; ou que substitua o condicional pelo indicativo ou que deixe de usar os verbos no futuro.Sei que alguns “democratas” irão dizer que isso são alterações que a Língua vai sofrendo e que são um sinal de vitalidade. Se isso é vitalidade, prefiro, então, a modorra das terras do interior onde ainda consigo ouvir português bem falado.Na realidade, para ouvir um português bem falado não tenho necessidade de me refugiar no interior de Portugal. Posso fazê-lo sempre que vou ao Brasil porque, doa a quem doer, no Brasil fala-se português melhor do que em Portugal. Estou a referir-me, logicamente, à classe média que é onde a Língua faz escola, na falta imperdoável e ridícula duma instituição que a normalize. Agora, que houve o Acordo Ortográfico, será uma boa altura para colmatar essa brecha, até porque a falta dele deixa de ser desculpa.Os exemplos são infindáveis, mas irei mencionar apenas alguns que tiveram como palco da tragédia instituições que prestam Serviço Público ou que, pelo menos, deveriam prestar. Basta debruçarmo-nos sobre a RDP e a RTP.Na RDP, temos a realizadora Madalena Balsa que apresenta excelentes programas mas que ao entrevistar uma escritora portuguesa que reside no estrangeiro e escreve em inglês, lamentou ela não ter sido traduzida “própriamente para português, foi traduzida para brasileiro”!...;-temos a realizadora Ana Aranha, que além de nos presentear com alguns excelentes trabalhos, há pouco tempo nos apresentou um programa no aniversário da queda da cadeira de Salazar, para o qual convidou só figuras de “esquerda” e onde o Snr.Fernando Rosas, com a falta de isenção que lhe é habitual, afirmou que quando se deu o 25 de Abril Portugal tinha a guerra em África perdida. Ora, qualquer pessoa razoavelmente informada sabe que isso não é verdade. Para fazer essa afirmação tão peremptória será que ele esteve lá ou será que assistiu aos noticiários em Argel ou refúgios semelhantes?;- temos os locutores, quase sem excepção, a dizerem Flórida em vez de Florida ( por coerência deveriam dizer New York e London em vez de Nova Iorque e Londres).Na RTP, temos o Snr. Júlio Isidro a mencionar as letras das canções em “brasileiro”, temos o Snr. Francisco José Viegas a dizer, de Manaus, que “não há dúvida que aqui fala-se outra Língua” e, para fechar com chave-de-ouro, registo a “brilhante” e “educativa” actuação, neste palco de desgraças, do autor do programa “Cuidado com a Língua” (mais propriamente se deveria chamar Cuidado com o Autor) que, no programa da semana passada, ao dissertar sobre o vocábulo Cuba teve a ideia peregrina de afirmar que Colon deu á ilha de Cuba este nome porque era o nome que os indígenas usavam.Mas o fenómeno, como acima disse, é comum a ambos os lados do Atlântico. Para as Rádios e Televisões do Brasil, é como se Portugal não existisse. Não transmitem música portuguesa, não exibem programas portugueses e quase parece que evitam falar de Portugal. Visto as Televisões estarem dominadas por descendentes de italianos este posicionamento não me surpreende. Temos bem perto de nós o exemplo da TV Record.O que é isto, meus senhores?!...Isto não é só ignorância; é a forma típica de actuação de uma 5ªcoluna
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- UM BAR DE PRAIA EM MOÇAMBIQUE -


Um bar de praia na fronteira de Moçambique com a África do Sul lança um apelo surpreendente a um obscuro casal português

PROXIMO LUGARVeja em:Download gonalocadilhe_mo.Ponta do Ouro.pdf

NOTA:Destaco esta passagem da reportagem e se alguém os conhecer muito agradecia o seu contacto:«Você pode ajudar-me?»,pergunta o Fernando.Já sabe que sou um jornalista. Na Ponta, os bares da praia são para os turistas e os bares do mercado são para os locais. O do Fernando situa-se na orla do mercado à saída da praia - talvez por isso, consegue saltar por cima de raças e nacionalidades e servir uma clientela transcultural. Ou então, é porque é a melhor cerveja de pressão da localidade. «Eu fui criado por uma família de portugueses», explica-me o Fernando. «O meu tio entregou eu para eles. Esses brancos é como os meus pais. Vivi com eles até aos 17anos».Depois chegou a independência e depois a guerra. A família portuguesa fugiu para Lisboa e deixou o Fernando a tomar conta da casa de Maputo, esperando poder regressar em breve e manter a posse do imóvel. Nunca mais voltaram. «Escreve por favor no seu jornal que eu estou esperando eles, eu quero ajudar eles, posso dar dinheiro para virem até Moçambique». Passaram trinta anos, Fernando. Sabes o nome deles, a morada? «Não sei onde estão. Chamam-se António Gomes e Célia Faria Leitão, a casa deles era na Avenida 24 Julho, tinham uma oficina de bate-chapas na Avenida Fernão de Magalhães, ao lado da antiga Cervejaria Coimbra."25-08-2008