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sábado, 13 de fevereiro de 2010

-" O ANC e o Apartheid "

Afinal os métodos do Congresso Nacional Africano ( ANC ) não eram muito diferentes do regime opressor sul-africano.


Artigo do Sunday Times

"Durante a luta contra o regime do apartheid, o ANC dispunha de um “campo de reeducação” em Quibaxe, Angola, para onde eram enviados, sob prisão, combatentes do ANC suspeitos de serem “agentes do inimigo” e “infiltrados”. Criado em 1979, o reduto da tortura e da morte tinha a designação de “Campo Quatro” cujas condições foram descritas como sendo piores do que as existentes nas masmorras do antigo regime segregacionista de Pretória.

Paul Trewhela, autor do livro, «Inside Quatro: Uncovering the Exile history of the ANC and Swapo», cita um dos antigos prisioneiros do chamado campo de reeducação como tendo dito que “ao entrar nesse local, os direitos humanos são para esquecer”. O campo dispunha de sete celas comunais, algumas das quais haviam sido usadas como armazéns durante o período colonial, para além de cinco celas solitárias, todas elas superlotadas. Dispondo de ventilação mínima, as condições das celas eram sufocantes, escuras e húmidas, mesmo no clima seco e quente de Angola. O próprio presidente do ANC, Oliver Tambo, foi forçado a comentar, após uma visita ao reduto em Agosto de 1987, que as celas do campo Quatro eram “muito escuras e sufocantes”.

Localizado a cerca de 15 km da vila de Quibaxe, a norte de Luanda, o Campo Quatro era um dos mais temidos campos secretos de que o ANC dispunha, ao qual apenas alguns dirigentes deste movimento (Mzwandile Piliso, Joe Modise, Andrew Masondo e ainda o então secretário-geral do Partido Comunista Sul-Africano (SACP), Moses Mabhida) tinham acesso. A administração do campo estava entregue a membros das forças de segurança, a maior parte dos quais quadros jovens do SACP que, tal como Moses Mabhida, haviam colhido ensinamentos em Moçambique país onde também foram edificados redutos semelhantes, igualmente designados de “campos de reeducação” por onde passaram milhares de cidadãos moçambicanos durante o período da ditadura."


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