CONTINUAREI A PESAR O VOSSO COMPORTAMENTO PARA AVALIAR SE MERECEIS SER TRANSPORTADOS NA MINHA BARCA

segunda-feira, 12 de abril de 2010

-" KALASHNIKOV

Criar armas para defender, não para atacar !

Por José Milhazes

Mikhail Kalashnikov, que completou 90 anos de idade no passado mês de Novembro, é o mais conhecido dos construtores de armas e a sua metralhadora equipa mais de 50 exércitos e decorou ou ainda decora bandeiras e escudos de alguns países. Alguns consideram-no o "senhor da morte", mas Kalashnikov responde que as suas armas "são para defender, não para atacar". Mikhail Timofeevitch Kalashnikov nasceu a 10 de Novembro de 1919, numa família camponesa das Montanhas Altai, que, durante a colectivização comunista na URSS, foi considerada "kulaks" (camponeses abastados) e desterrada para a Sibéria em 1930.
O jovem Kalashnikov, após introduzir "algumas emendas" nos seus documentos a fim de esconder o seu estatuto social, foi trabalhar para os caminhos-de-ferro no Cazaquistão em 1936. Dois anos depois, foi mobilizado para o Exército Vermelho, no qual começou a revelar as suas capacidades no campo do fabrico de armamentos. A sua primeira invenção foi um contador de disparos para tanques. Em Agosto de 1941, partiu para a frente de combate contra as tropas nazis que tinham invadido a União Soviética, mas foi gravemente ferido passados apenas dois meses. Foi precisamente durante os seis meses de internamento num hospital que Kalashnikov criou a sua primeira arma automática, que não foi bem recebida pelo comando militar.
"A pistola-metralhadora de Kalashnikov é mais complicada e mais cara no fabrico do que a PPCh-41 e a PPC e exige aturados e difíceis trabalhos de torneiro. Por isso, não obstante os muitos aspectos positivos (pouco peso, curta, poder de disparar tiro a tiro, etc.), actualmente não tem interesse industrial", concluiu o Departamento de Armas do Exército Vermelho em 1941.
As qualidades da nova pistola automática só foram reconhecidas em 1947, tendo os primeiros 1500 exemplares da famosa "AK-47" sido entregues às forças armadas soviéticas em 1949.
Depois, vieram outras metralhadoras mais perfeitas como a "AKM", "PDK", "PKT" e "AK-74". Estas armas ligeiras trouxeram ao seu criador fama nacional e internacional, colocando-o entre as personalidades mais importantes do século XX e não há praticamente nenhuma condecoração soviética e russa que Kalashnikov não tenha recebido: desde os prémios Estaline e Lenine, com que foi condecorado na era comunista, até à Ordem do Santo Príncipe Dmitri Donskoi, concedida pela Igreja Ortodoxa Russa em 2007. Kalashnikov não se lamenta pelo facto de a invenção da "AK" não lhe ter trazido riqueza: "Eu não tinha a percentagem da produção da 'AK-47' que recebiam os construtores ocidentais pelas suas descobertas, porque não foi registada a patente da minha descoberta na URSS. Mas não pensem que sou um pobre, eu não vivia mal durante o poder soviético". A "AK" esteve ou ainda está representada em bandeiras e escudos de vários Estados e de grupos militares, como Burkina-Faso, Moçambique, Timor-Leste, Zimbabué ou o Hezbollah. "Em Moçambique, os combatentes pela liberdade conquistaram a independência com a minha metralhadora nas mãos. Agora, chamam aos seus filhos Kalash. Dizem que há lá em cada aldeia dezenas de crianças negras com o nome de Kalash. Isso não é agradável?", escreve Kalashnikov nas suas memórias, e acrescenta: "Eu criei a minha arma para defender as fronteiras da Pátria, e não para atacar". Por isso, dói-lhe ao saber que as suas armas são empregues nos conflitos "entre as repúblicas do Cáucaso, noutras regiões do país".

Fonte: LUSA

2 comentários:

  1. Nem tanto pela arma, mas pelos comentários e os estandartes que enfeita melhor fraria caladinho, caladinho...
    Desculpe a minhafranqueza seu AKA Kalash do c... vá falar com Stalim rapidinho, vá!

    ResponderEliminar
  2. Felizmente não consigo expressar-me de forma tão primitiva como vc o faz e merece que eu o fizesse.
    Se a sua formação ou o seu fanatismo não o deixam ler claramente tenho pena de si porque não consegue perceber o que lê.
    Poderia esclarecê-lo, mas estou certo que seria tempo perdido.

    ResponderEliminar