Ao entrar no Novo Ano lembre-se como a nossa Casa-Terra é bonita...
... trate bem a água, o nosso bem mais precioso...
e respeite a Natureza. Ela lhe retribuirá...
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
-" Ao entrar no Ano-Novo..."
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
-" OS MAIORES SALÁRIOS "
Numa empresa, pagam-se salários de apenas 450 euros e outros que rebentam completamente a escala. A SÁBADO apurou alguns dos vencimentos mensais mais altos pagos em Portugal e comparou-os com outros mais baixos. Apesar de a crise económica ter obrigado a fazer cortes, há números impressionantes.




sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
-"Conquistando os corações se vence a luta "
Distancio-me, no entanto, de alguma fraseologia precedente, nesta mensagem, quer por parte dela, na minha opinião, ser impertinente para o tema em questão quer pela descontextualização em que se insere.
Um escritor, mesmo ficcionando sobre um tema como este, deverá, a meu ver, ter preocupação de não distorcer realidades históricas, sob pena da sua obra ser ignorada ou menosprezada pelos leitores que viveram essa realidade.
Li e tenho o livro "Os Cus de Judas" de Lobo Antunes, tema todo ele dedicado à sua permanência nas Terras-do-Fim-do-Mundo (Os Cus-de-Judas). Li com satisfação, gostei muito, talvez por se reportar a chãos que já pisei.
Conquistando os Corações Se Vence A Luta - esse era o lema do Batalhão de Caçadores 2872 - o meu Batalhão. Este lema anula qualquer alusão selvática da nossa postura em terras de além-mar.
Fiz parte da Companhia de Caçadores 2506, que teve um único morto (por suicídio, em Teixeira de Sousa) e vários feridos em acidentes, alguns dos quais evacuados para a Metrópole e que não regressaram mais a Angola.
Como o meu Batalhão ficou, logo à chegada a Luanda, às ordens do Quartel-General, como reforço operacional, a minha Companhia, nos intervalos de serviço à Rede que circundava Luanda, fez duas operações no Norte de Angola, mais propriamente no Zenza do Itombe. Deslocámo-nos depois para o Kuando-Kubango (as chamadas Terras-do-Fim-do-Mundo) onde permanecemos durante 10 meses na Coutada de Mucusso a reforçar o Batalhão de Cavalaria 2870, a que o César faz referência no texto anterior.
Lá, as Nossas Tropas sofreram feridos vários e alguns mortos do Grupo Flechas, que actuavam conjuntamente connosco. Vítima de uma Mina Anti-Carro, morreu também um Condutor da Companhia de Transportes, sediada em Serpa Pinto, de seu nome Maia e que era do Montijo, que se deslocou à Coutada integrado numa coluna para apoio logístico com vista a uma operação de grande envergadura que se veio a realizar na área.
Rodámos, depois, para o Leste, mais propriamente para Lucusse, próximo ao Luso, onde terminámos a Comissão.
Dos citados, deixo aqui um abraço ao Cruz, que vive no Porto, ao David Ribeiro, meu colega de profissão e de Banco, e ao Favas Cabelo, ribatejano, que sei que está doente, e que já não vejo há mais de 40 anos.
Autor: Carlos Jorge Mota
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
-" HOMENS DE LETRAS OU HOMENS DE TRETAS ?"
O texto que se segue, foi me enviado para esclarecimento que eu pretendo seja extensivo a todos os leitores.
O blogue estará aberto a apoios ou contestações que julgarem pertinentes.
« Não devemos levar tão à letra (certos) homens de letra(s) ou treta(s)Tenham ou não sido Nobel.
Depois de ter lido o seu livro "Cartas da guerra", sorri incredulamente por o autor (médico) descrever acções de combate, fazendo-se passar por protagonista, qual operacional e, curioso, parecer ter-me plagiado.
Episódios de guerrilha ali narrados, parecem ter sido retirados do meu diário de guerra, escrito entre Abril de 1968 e Junho de 1971. Aquele livro do ALA teve o condão de me levar, décadas depois, a reler o meu diário. Escrita que continua a ser só do meu conhecimento, do meu foro íntimo e bem guardada.
Passei 26 meses em Angola, como atirador de Cavalaria. Parte desse tempo em sítios, entre outros, como Cuito Cuanavale, Lupire, Mavinga, Serpa Pinto; zonas de guerra idênticas àquela onde viria a estar (Luso / leste de Angola) o Batalhão (1971 a 73) a que terá pertencido o médico A. Lobo Antunes.Todavia, falando desses tempos, dou comigo, constantemente, a relembrar mais as férias, acompanhado de 3 camaradas (João Cruz, David Ribeiro e Marques dos Santos) passadas, no primeiro ano, em Nova Lisboa, Benguela e, sobretudo, Lobito (maravilhosa) e, no segundo ano (com José Cabelo em vez do David), em Lourenço Marques, Namaacha, Inhaca (ilha paradisíaca), Beira, Gorongosa, por minha opção, em vez das traumatizantes deslocações ao "Puto" e ao seio da família.
Bem hajas, mãe!
Qualquer militar que tenha servido no Ultramar (ou Colónias) - mesmo que tivesse sido mecânico, cozinheiro, enfermeiro, telegrafista, vague-mestre ou de outra especialidade de apoio ao combatente operacional - sabe que o médico era apenas... médico. E o exercício da medicina, obviamente, era no "hospital/enfermaria" (quando havia) ou, quando muito no aquartelamento. O do cozinheiro era na cozinha, no aquartelamento.
O que A. Lobo Antunes conta na sua obra - aparte as adulterações/inverdades condenáveis - será baseado nos testemunhos que ouviu, nos feridos e mortos que lhe foram enviados, à mistura com a sua imaginação, criatividade e acréscimo de pitadas de ficção, mais o empolamento próprio do escritor. Para valorização da obra e - admito - sua melhor comercialização.
Quem, daqueles que passaram pela nossa Guerra Colonial, não conhece um caso de um camarada amanuense ou fiel de armazém - "frustrado" pela sua pacata vida, para impressionar madrinhas e/ou amigos e familiares - a escrever aerogramas com imaginosos actos heróicos, sem nunca ter saído do arame farpado?
Deixemos o Lobo Antunes uivar. O homem tem a virtude de, pelo menos, relembrar uma guerra a cair no esquecimento.
Autor: César Santos (Atirador Cav.)
do 3º Grupo de combate - 5 mortos
da Comp. Cav. 2500 - 7 mortosdo
Bat. Cav. 2870 - 11 mortos (total)
(E bastantes evacuados para a Metrópole) »
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
-" António Lobo Antunes e a escrita mentirosa "
Talvez este início de crónica escandalize quem costume venerá-lo. Eu, por maior benevolência que para com ele queira usar não posso, nem devo. Por várias razões, algumas das quais vou enunciar. Porque não gosto de atirar a pedra e esconder a mão.
Este senhor foi mobilizado como médico, para a guerra do Ultramar. Nunca terá sabido manobrar uma G-3 ou mesmo uma Mauser. Certamente nem sequer chegou a conhecer a estrutura de um pelotão, de uma companhia, de um batalhão. Não era operacional mas bota-se a falar como quem pragueja. Refiro-me ao seu mais recente livro: Uma longa viagem com António Lobo Antunes.
João Céu e Silva pode reclamar alguns méritos deste tipo de escrita. Foi o entrevistador e a forma como transpõe as conversas confere-lhe alguma energia e vontade de saber até onde o entrevistado é capaz de levar o leitor. Mas as ideias, as frases, os palavrões, os impropérios, as aldrabices - sim as aldrabices - são de Lobo Antunes.
Vejamos o que ele se lembrou de vomitar na página 391:
«Eu tinha talento para matar e para morrer. No meu batalhão éramos seiscentos militares e tivemos cento e cinquenta baixas. Era uma violência indescritível para meninos de vinte e um, vinte e dois ou vinte e três anos que matavam e depois choravam pela gente que morrera. Eu estava numa zona onde havia muitos combates e para poder mudar para uma região mais calma tinha de acumular pontos. Uma arma apreendida ao inimigo valia uns pontos, um prisioneiro ou um inimigo morto outros tantos pontos. E para podermos mudar, fazíamos de tudo, matar crianças, mulheres, homens. Tudo contava, e como quando estavam mortos valiam mais pontos, então não fazíamos prisioneiros».
Penso que isto que deixo transcrito da página 391 do seu referido livro, se vivêssemos num país civilizado e culto, com valores básicos a uma sociedade de mente sã e de justiça firme, bastaria para internar este «escriba», porque todo o livro é uma humilhação sistemática e nauseabunda, aos Combatentes Portugueses que prestaram serviço em qualquer palco de operações, além fronteiras. É um severo ataque à Instituição militar e uma infâmia aos comandantes de qualquer ramo das Forças Armadas, de qualquer estrutura hierárquica e de qualquer frente de combate. Isto que Lobo Antunes escreve e lhe permite arrecadar «350 contos por mês da editora» (p. 330), deveria ser motivo de uma averiguação pelo Ministério Público. Porque em democracia, não deve poder dizer-se tudo, só porque há liberdade para isso. Essa liberdade que Lobo Antunes usou para enriquecer à custa o marketing que os mass media repercutem, sem remoques, porque se trata de um médico com irmãos influentes na política, ofendeu um milhão de Combatentes, o Ministério da Defesa, uma juventude desprevenida, porque vai ler estes arrotos literários, na convicção de que foi assim que fez a Guerra, entre 1961 e 1974. E ofende, sobretudo, a alma da Portugalidade porque a «aldeia global» a que pertencemos vai pensar que isto se passou na vida real nos finais do século XX.
Fui combatente, em Angola, uns anos antes de Lobo Antunes. Também, como ele fui alferes miliciano (ranger). Estive numa zona muito mais perigosa do que ele: nos Dembos, com operações no Zemba, na Maria Fernanda, em Nuambuangongo, na Mata Sanga, na Pedra Verde, enfim, no coração da guerra. Nunca um militar, qualquer que fosse a sua graduação ou especialidade, atirou a matar. Essa linguagem dos pontos é pura ficção. E essa de fazer cordões com orelhas de preto, nem ao diabo lembraria. E pior do que tudo é a maldade com que escarrou no seu próprio batalhão que tinha seiscentos militares e registou centena e meia de baixas...Como se isto fosse crível!
Se o seu comandante que na altura deveria ser tenente-coronel, mais o segundo comandante, os capitães, os alferes, os sargentos e os soldados em geral, lerem estas aldrabices e não exigirem uma explicação pública, ficarão na história da guerra do Ultramar como protagonistas de um filme que de realidade não teve ponta por onde se lhe pegue.
Em primeiro lugar esta mentira pública atinge esses heróicos combatentes, tão sérios como todos os outros. Porque não há memória de um único Batalhão ter um décimo das baixas que Lobo Antunes atribui àquele de que ele próprio fez parte. É preciso ter lata para fazer afirmações tão graves sobre profissionais que para serem diferentes deste relatório patológico, basta terem a seu lado a Bandeira Portuguesa e terem jurado servi-la e servir a Pátria com honra, dignidade e humanismo. Não conheço nenhum desses seiscentos militares que acolheram António Lobo Antunes no seu seio e até trataram bem a sua mulher que lhes fez companhia, em pleno mato, segundo escreve nas páginas 249 e 250. Mereciam eles outro respeito e outros elogios. Porque insultos destes ouvimos e lemos muitos, no tempo do PREC. Mas falsidades tão obscenas, nem sequer foram ditas por Otelo Saraiva de Carvalho, quando mandou prender inocentes, com mandados de captura, em branco e até quando ameaçou meter-me e a tantos, no Campo Pequeno para a matança da Páscoa. Estas enormidades não matam o corpo, mas ferem de morte a alma da nossa Epopeia Nacional.
Autoria: Barroso da Fonte
sábado, 21 de novembro de 2009
-" A Cabeça do Polvo "

terça-feira, 10 de novembro de 2009
- O dia 11 de Novembro e as Forças Armadas"
Apesar de as separem 57 anos, em ambas, as Forças Armadas tiveram um papel de relevo.
Em 11 de Novembro de 1918, foi assinado o armistício que pôs fim à I Guerra Mundial, na qual Portugal decidiu participar para garantir, em caso de vitória, que teria assento na futura conferência onde seriam discutidas as sanções de guerra que, inevitavelmente, iriam abranger as colónias alemãs e redesenhar o mapa colonial africano.
Foi uma decisão que demonstrou elevado discernimento político, ao prever que se os ingleses saíssem vitoriosos não deixariam de tentar deitar a mão às colónias portuguesas.
A posse das colónias ficou garantida e o Exército comportou-se de forma exemplar.
Em 11 de Novembro de 1975, aconteceu tudo exactamente ao contrário !
Angola deixou de ser território português e as Forças Armadas, depois de terem cumprido o seu dever de forma exemplar ao longo de 14 anos de guerra, tiveram um comportamento vergonhoso nos meses que antecederam a independência.
Embora estes acontecimentos estejam em extremos opostos na escala de valores há, porém, um acontecimento que os une.
Nos últimos anos, em todos os dias 11 de Novembro realizam-se cerimónias, ao longo de Portugal inteiro, em homenagem aos combatentes mortos na I Guerra Mundial, organizadas por militares e com larga participação das Forças Armadas.
Embora a intenção seja a melhor, estas cerimónias, se bem as analisarmos, constituem um acto de cinismo atroz.
Como é possível umas Forças Armadas que ainda têm nas suas fileiras, ou a elas ligados, responsáveis participantes na vergonhosa descolonização, terem o desplante de homenagear militares que morreram para defenderem o que os homenageantes anos mais tarde traíriam ?...
Dirão que “não é uma nuvem que faz a tempestade”, “que em todos os rebanhos há uma ovelha ranhosa”, “que é necessário separar o trigo do joio” ( ! ) …pois é !...
É exactamente isso que falta fazer !...
As Forças Armadas se querem recuperar o prestígio que sempre tiveram e que, sem dúvida, perderam em 1975, terão de se depurar a elas próprias.
Não é com uma campanha de marketing, como o general Loureiro dos Santos ainda há pouco afirmou num programa de televisão, que as Forças Armadas poderão recuperar o respeito da sociedade civil. É levando a julgamento todos os implicados e responsáveis pelos desvarios, pelos actos de covardia, pelas traições, pelo abandono dos seus compatriotas, que as Forças Armadas poderão recuperar o respeito dos portugueses.
Não é necessário fazer uma lista com os nomes daqueles que deveriam ser levados a tribunal, para serem ilibados ou condenados, porque são do domínio público. Desde dois presidentes da República, a dois alto-comissários, ao comandante do Coplad, ao comandante da Polícia Militar e a muitos outros que facilmente serão identificados, todos deverão ser chamados a prestar contas das suas actuações.
Mas há um nome que sobressai de entre todos os protagonistas desta tragédia, pela forma vergonhosa e descarada como permitiu que o MPLA dominasse as FA e imperasse em Luanda, dando cobertura a muitos dos crimes que aquele movimento cometeu : o então alto-comissário almirante Rosa Coutinho, apelidado de “almirante vermelho”.
Ao desembarque de milhares de militares cubanos, às prisões efectuadas pela Polícia Militar e pelos Fusileiros entregando os presos ao MPLA, pelas prisões feitas pelo MPLA com a conivência da Polícia Judiciária, pela subserviência ao MPLA a que obrigou muitos militares, e pela forma ignóbil como traiu a população branca, este militar deveria ser o primeiro a ser responsabilizado pelos vergonhosos acontecimentos de Angola.
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
-" Os Intocáveis "

Agora, o despacho judicial que descreve a rede de corrupção que abrange o mundo da sucata, executivos da alta finança e agentes do Estado, responde-me ao que Silva Pereira fugiu: Que sim. Havia esse ambiente. E diz mais. Diz que continua a haver.
A brilhante investigação do Ministério Público e da Polícia Judiciária de Aveiro revela um universo de roubalheira demasiado gritante para ser encoberto por segredos de justiça.
O país tem de saber de tudo porque por cada sucateiro que dá um Mercedes topo de gama a um agente do Estado há 50 famílias desempregadas.
É dinheiro público que paga concursos viciados, subornos e sinecuras.
Com a lentidão da Justiça e a panóplia de artifícios dilatórios à disposição dos advogados, os silêncios dão aos criminosos tempo. Tempo para que os delitos caiam no esquecimento e a prática de crimes na habituação. Foi para isso que o primeiro-ministro contribuiu quando, questionado sobre a Face Oculta, respondeu: "O Senhor jornalista devia saber que eu não comento processos judiciais em curso (…)". O "Senhor jornalista" provavelmente já sabia, mas se calhar julgava que Sócrates tinha mudado neste mandato.
Armando Vara é seu camarada de partido, seu amigo, foi seu colega de governo e seu companheiro de carteira nessa escola de saber que era a Universidade Independente. Licenciaram-se os dois nas ciências lá disponíveis quase na mesma altura. Mas sobretudo, Vara geria (de facto ainda gere) milhões em dinheiros públicos. Por esses, Sócrates tem de responder. Tal como tem de responder pelos valores do património nacional que lhe foram e ainda estão confiados e que à força de milhões de libras esterlinas podem ter sido lesados no Freeport.
Face ao que (felizmente) já se sabe sobre as redes de corrupção em Portugal, um chefe de Governo não se pode refugiar no "no comment" a que a Justiça supostamente o obriga, porque a Justiça não o obriga a nada disso. Pelo contrário. Exige-lhe que fale. Que diga que estas práticas não podem ser toleradas e que dê conta do que está a fazer para lhes pôr um fim.
Declarações idênticas de não-comentário têm sido produzidas pelo presidente Cavaco Silva sobre o Freeport, sobre Lopes da Mota, sobre o BPN, sobre a SLN, sobre Dias Loureiro, sobre Oliveira Costa e tudo o mais que tem lançado dúvidas sobre a lisura da nossa vida pública. Estes silêncios que variam entre o ameaçador, o irónico e o cínico, estão a dar ao país uma mensagem clara:
os agentes do Estado protegem-se uns aos outros com silêncios cúmplices sempre que um deles é apanhado com as calças na mão (ou sem elas) violando crianças da Casa Pia, roubando carris para vender na sucata, viabilizando centros comerciais em cima de reservas naturais, comprando habilitações para preencher os vazios humanísticos que a aculturação deixou em aberto ou aceitando acções não cotadas de uma qualquer obscuridade empresarial que rendem 147,5% ao ano.
Lida cá fora a mensagem traduz-se na simplicidade brutal do mais interiorizado conceito em Portugal:
(Fonte: JN de 2 do corrente )
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
- "Vozes de burro não chegam ao céu"

O vídeo, o pedido de desculpas, os comentáriosa justificando a incapacidade mental… nada disso tem importância. São somente prova de que se pode ser, ao mesmo tempo, célebre e estúpido.
A parte importante da questão é a atitude da produção do programa e os motivos pelos quais puseram o vídeo no ar.
Sobre isto é que se deve reflectir e questionar a posição das emissoras de televisão brasileiras que emitem em Portugal.
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
- Rui Rio e o ilusionismo
No vídeo exibido a seguir podem ver um espetáculo fabuloso de ilusionismo a rondar o inacreditável, semelhante ao resultado da sondagem divulgado ontem que atribuiu a Rui Rio (para quem não saiba é o malogrado presidente da Câmara do Porto) vitória por maioria absoluta nas eleições autárquicas que se realizarão no próximo Domingo.
Esta sondagem deve ser mais um estertor de quem tem contra si a grande maioria dos portuenses conscientes de que a sua cidade está a morrer. Qualquer um pode constatar, passeando pela cidade, o fim trágico a que uma gestão camarária incompetente está a conduzir a cidade.
O actual presidente da CMP não será, de certeza, transportado na minha barca.
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
-"Descoberto o segredo da IURD "
A IURD foi fundada por Edir Macedo em 1977. Hoje, ele e nove membros da IURD são acusados de usar dinheiro dos fiéis.
Era sempre assim. Quando a música baixava e os apelos do pastor deixavam de se ouvir, os fiéis levantavam os joelhos do chão para depositar o dinheiro no altar.
O VÍDEO DO DÍZIMO
Desde que o vídeo foi divulgado, a instituição foi exaustivamente investigada, mas pouquíssimas irregularidades ficaram provadas nos dez processos que foram instaurados.
Era preciso descobrir o percurso do dinheiro desde que saía dos bolsos dos crentes até ser usado para pagar a construção de uma mansão de 2000 m2 (como a construída por Edir Macedo em 2007). É isto que, após dois anos de investigação, os procuradores acabam de conseguir.
Entre 2001 e 2008, a IURD recebeu mais de 3 mil milhões de euros doados pelos seus 8 milhões de seguidores. Metade do dinheiro foi colocado na caixa do dízimo dos templos, a outra metade chegou através de 4015 transferências bancárias. Nenhum deste dinheiro pagou impostos.
EMPRESAS FANTASMA
A paragem seguinte destes milhões eram duas empresas sedeadas em paraísos fiscais nas ilhas Caimão e nas do Canal (a Investholding e a Cableinvest). Sob a forma de empréstimos a executivos da IURD, o capital regressava depois à terra natal para ser aplicado na compra de aviões particulares (como um Cessna de 1 milhão de euros), mansões ou para ser investido no império que a igreja construiu na comunicação social - 22 canais de televisão e 42 estações de rádio.
Autoria de Alexandre Soares
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Campanha de protesto no Brasil
As regras da campanha são as seguintes:
1. Durante o período de 07 a 20 de setembro, exibia a imagem do logo como o primeiro post de seu blog ou deixe-a fixa no topo da barra lateral;
2. O texto padrão junto ao logo deve ser:"BRAVA GENTE BRASILEIRA, LONGE VÁ TEMOR SERVIL! Comemoramos o Dia da Independência do Brasil, resgatando nosso patriotismo adormecido e protestando contra os abusos, a corrupção e a impunidade de uma classe política que zomba e se lixa para nós. Repasse essa campanha adiante. Nosso país agradece".
3. Exiba a imagem e o texto em todos os perfis que possuir (orkut, twitter, gmail, facebook, myspace, MSN, etc);
4. Envie esta mensagem também para:- Senado Federal: Alô Senado http://www.senado.gov.br/sf/senado/centralderelacionamento/sepop/?page=alo_sugestoes&area=alosenado- Câmara Federal: Fale com o deputado: http://www2.camara.gov.br/canalinteracao/faledeputado- Supremo Tribunal Federal – Central do Cidadão - http://www.stf.jus.br/portal/centralCidadao/enviarDadoPessoal.asp- Procuradoria Geral da União - pfdc@pgr.mpf.gov.br- Presidência da República – Fale com o Presidente - https://sistema.planalto.gov.br/falepr2/index.php5.
Enviem essa campanha (imagem, texto e instruções) por email para toda sua lista de contatos, para todos os seus conhecidos, para os seguidores de seu blog, para as autoridades de seus municípios, para os jornais, revistas, rádios e emissoras de TV, etc.
Contamos com a colaboração de todos.
Nosso país agradece!
domingo, 16 de agosto de 2009
-" Aditamento à lista Bilderberg "
Vários leitores tiveram a amabilidade, que agradeço, de me enviarem mais estes nomes que não fazem parte da lista anterior:
Leonor Beleza – presidente da Fundação Champalimaud
José Pedro Aguiar Branco-deputado,ex-ministro da Justiça
Augusto Santos Silva – ministro dos assuntos parlamentares
Estela Barbot – vice-presidente da AGA Porto e da AEP
António Carrapatoso – director da Vodafone e da Vodacom
E, também, alguns estrangeiros que, de algum modo, podem influenciar a política portuguesa:
Juan Luís Cebrion-administrador executivo do Grupo Prisa
Matias Rodrigues Inciarte–vice-presid. do Grupo Santander
Jean-Claude Trichet –governador do Banco Central Europeu
Paul Wolfowitz – presidente do Banco Mundial
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
-"Os portugueses do clube Bilderberg"
O Engº Arnaldo Norton deve ter andado muito tempo pelo estrangeiro para ainda se admirar com estas manobras.
«http://rosadosventos1.blogspot.com/», na sua publicação de 07 do corrente sobre o Clube Bilderberg, não é difícil de satisfazer, bastando para isso socorrermo-nos da edição de 02.01.2006 do jornal “O Semanário” para ficarmos a saber quem são os portugueses que fazem parte ou frequentam o Clube Bilderberg.
A lista é extensa mas muito interessante e ao utilizá-la não se corre o risco de represálias, o que, nos tempos que correm, não é muito difícil de admitir.
Além disso, a introdução que o seu autor faz é, deveras, esclarecedora.
"Todos os portugueses de Bilderberg 2006-01-02
Francisco Pinto Balsemão - É um membro permanente do Clube de Bilderberg desde 1988, tendo participado em quase todas as reuniões anuais desde essa data. Pertence mesmo ao comité restrito, denominado "Steering". É ele quem tem convidado muitas personalidades portuguesas a estarem presentes no clube. Em 1988, Pinto Balsemão tinha abandonado o cargo de primeiro-ministro há 5 anos e estava dedicado aos seus negócios, mantendo também o "Expresso". Anos depois abriria a SIC, aproveitando a liberalização da televisão feita pelo governo de Cavaco Silva. O processo conturbado, com divisões no próprio Conselho de Ministros, tendo o grupo televisivo de Proença de Carvalho sentido-se desfavorecido. Pinto Balsemão é hoje presidente da Impresa. Falado como potencial candidato presidencial, nunca se concretizou esta hipótese.
João Cravinho - Esteve presente na reunião de 1999, no auge do guterrismo, sendo ministro do Planeamento e da Administração do Território. Alia um pensamento interessante a uma excelente preparação técniva, devendo ter participado no clube como um dos "cérebros" que os políticos gostam de ouvir. Atacou bastante Guterres no fim dos seus dias, sendo um homem próximo de Jorge Sampaio (mas muito senhor do seu nariz).
Francisco Lucas Pires - O malogrado líder do CDS, que depois se aproximou do PS, era uma mente brilhante, a quem pareciam reservados altos voos. No entanto, só esteve presente na reunião do clube de 1988.
António Vitorino - Era a eminência-parda do guterrismo, tendo estado na reunião de Bilderberg de 1996, quando era vice-primeiro-ministro e ministro da Defesa. Por causa de um caso de sisa, acabou por se demitir. Foi comissário europeu e o seu nome chegou a estar na calha para presidir à Comissão. Rejeitou ser candidato à Presidência da República.
José Socrates- Tal como Santana Lopes, esteve presente na reunião de Stresa de 2004. Curiosamente, menos de um ano depois seria primeiro-ministro de Portugal, parecendo estar no cargo de pedra e cal.
Como vêem a lista é extensa e o nome do autor nem sequer é mencionado.
Talvez ele não se sentisse muito seguro !...
Outro aspecto curioso, é que todos conseguiram ficar muito bem colocados. Há cada coincidência !...
- " O clube Bilderberg ( II ) "

Fonte:
blogue Rosa dos Ventos «http://rosadosventos1.blogspot.com/ »
sábado, 8 de agosto de 2009
-" Morreu Raúl Solnado "
Portugal perdeu um grande comediante a quem ficamos a dever muitas e boas gargalhadas. Ficamos todos mais pobres.
Descansa em paz.
Uma despretensiosa homenagem: " A Guerra de 1908 "
( Transcrito de http://rosadosventos1.blogspot.com/ )
E eu permito-me acrescentar: morreu o homem que nos pedia " o favor de sermos felizes"...
-" O Clube Bilderberg "
(Transcrito do blogue
ROSA DOS VENTOS http://rosadosventos1.blogspot.com/ )
-" CLAUSURA "

Tranquei as portas deste corpo
Posso te ouvir bater
Deito na cama fria
Tua voz é o som da noite.
Texto de Adriana Costa especialmente para o blogue Rosa dos Ventos.Imagem: Praia do Murubira, Ilha de Mosqueiro, Pará, por Adriana Costa.
terça-feira, 7 de abril de 2009
-" Estarão todos a ficar malucos ?... "
Será que anda por aí uma bactéria a alimentar-se da massa cinzenta de personalidades ?...
domingo, 5 de abril de 2009
-"Enriquecimento ilícito ?"
Se enriqueceram através da corrupção, então já é crime !...
Se é crime, então é ilícito !
Então, o enriquecimento ilícito é crime ou não é ?
E aqui está criada uma “pescadinha-de-rabo-na-boca” !....
Agora, alguns políticos querem criminalizar o enriquecimento ilícito; outros, não querem !...
É claro que os que não querem, irão alegar que é anticonstitucional.
Mas será anticonstitucional a punição de um crime ?
É um assunto muito delicado e o melhor é não mexer na galinha.
Não será que aqui está em causa um erro de português ?...
Se não conseguirem justificá-lo, então é porque houve crime.
Vamos aguardar e ver no que é que eles ficam.
sexta-feira, 3 de abril de 2009
Lusofonia

«Gosto de sentir minha língua roçar a língua de Luís de Camões» (Caetano Veloso)
Palavras tuas, ou minhas.
Por naus ou jangadas levadas
Disseminam uma nova pátria
Menos tua menos minha, universal.
Gramática perfeita para sentimentos
Latinos, lusitanos ou africanos.
A bacanal de palavras portuguesas
Atravessa mares com apelo sensual.
Em Agostinho da Silva a lição
A crítica apaixonada de Gilberto Freyre
Sobre a cultura em si una e plural.
Diversos sabores de uma mesma língua
Como correntes marítimas a ligar o mesmo mar
Une-nos a língua a Portugal.
Poema publicado nos blogues:
"Versos Bárbaros" ( http://versosbarbaros.blogspot.com/ )
"Rosa dos Ventos" ( http://rosadosventosnorton.blogspot.com/ )
"Nova Águia" ( http://novaaguia.bolgspot.com/ ) e
"Bar do Ossian"
quinta-feira, 2 de abril de 2009
-"O pragmatismo de D.João II perante a contribuição para o povoamente dada pelo Abade de Trancoso"
Perante isso, e achando que a vida do abade era um atentado aos bons costumes, os bons vizinhos de Trancoso recorreram à Justiça e o profícuo abade foi levado a Tribunal.
Segundo consta, foi a seguinte a sentença proferida contra ele:
"Padre Francisco da Costa, prior de Trancoso, de idade de sessenta e dois anos, será degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas públicas nos rabos dos cavalos, esquartejado o seu corpo e postos os quartos, cabeça e mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi arguido e que ele mesmo não contrariou, sendo acusado de ter dormido com
-vinte e nove afilhadas e tendo delas noventa e sete filhas e trinta e sete filhos;
-de cinco irmãs teve dezoito filhas;
-de nove comadres trinta e oito filhos e dezoito filhas;
-de sete amas teve vinte e nove filhos e cinco filhas;
-de duas escravas teve vinte e um filhos e sete filhas;
-de uma tia, chamada Ana da Cunha, teve três filhas,
-da própria mãe teve dois filhos.
Totais: duzentos e noventa e nove filhos, sendo duzentos e catorze do sexo feminino e oitenta e cinco do sexo masculino, tendo concebido em cinquenta e quatro mulheres".
Tendo chegado o caso ao conhecimento do rei D.João II, este, pragmático e inteligente como era, comutou-lhe a pena ….“ e o mandou pôr em liberdade aos dezassete dias do mês de Março de 1487, com o fundamento de ajudar a povoar aquela região da Beira Alta, tão despovoada ao tempo” ... e mandou arquivar os autos.
Como se disse acima, até há pouco tempo não se tinha encontrado nada que confirmasse a estória. Agora, porém, chegou-me a notícia de que os autos se encontram arquivados na Torre do Tombo, Armário 5, Maço7. Infelizmente, encontro-me demasiado longe para poder fazer uma visita à Torre do Tombo, mas se houver alguém que sinta curiosidade pelo assunto seria muito interessante se o pudesse confirmar e me o comunicasse para o endereço
http://osirislux@gmail.com .
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
« UMA VERGONHA... »
Chegou-me às mãos, com pedido de publicação, o texto do Coronel Vitor Santos que abaixo transcrevo e com o qual estou, completamente, de acordo. A maior vergonha para um povo é a ingratidão para com os que por ele se sacrificaram. Leiam, meditem e olhem para o espelho...
...Em todo o Mundo civilizado, e não só em países ricos, cidadãos protagonistas dos grandes conflitos e catástrofes com eles relacionados, vencedores ou vencidos, receberam e recebem por parte dos seus Governos , tratamentos diferenciados do comum dos cidadãos , sobretudo nos capítulos sociais da assistência na doença, na educação, na velhice e na morte.
EM TODO O MUNDO MENOS EM PORTUGAL...
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Texto completo, altamente recomendável, em
http://rosadosventosnorton.blogspot.com/
sábado, 21 de fevereiro de 2009
« OS PORTUGUESES E OS MONSTROS »
Por considerar a sua leitura de grande utilidade, quanto mais não seja, como exercício mental, decidi publicá-la no meu blogue
Embora não concordando, inteiramente, com ele, ao relê-la lembrei-me da máxima popular que diz que “cada um tem aquilo que merece” e fui levado a interrogar-me se a criação de monstros não será uma fatalidade dos portugueses.
De facto, no decorrer dos mais de 900 anos da sua história, os portugueses mantiveram algumas características ao longo de todo esse tempo.
De todas, há uma que se destaca: a capacidade que os portugueses têm de criarem “monstros” que os devoram.
Após o “ 28 de Maio “ criaram o “monstro” do fascismo; após o “ 25 de Abril” criaram o “monstro” do facilitismo; após a entrada para a Europa, como bons alunos, copiaram e institucionalizaram o mais voraz de todos: o politico profissional.
Aquele “monstro” que os devora legislando para defender interesses pessoais ou do seu grupo; criando, para si, condições de que mais nenhum outro grupo beneficia:
acumulação de cargos;
cartão de crédito dourado sem limite de despesas;
contratos com indemnizações chorudas;
direito a ficar com os carros que o Estado pagou;
avenças anafadas;
reformas escandalosas; etc.,etc…
Depois de pensarem nisto tudo, será que os portugueses ainda serão capazes de olhar para o espelho ?...
Será que o Eduardo Prado Coelho tinha razão ?!...
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
« PARA CHORAR DE VERGONHA »
Precisa-se de matéria-prima para construir um País
A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres.
Agora dizemos que Sócrates não serve. E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada. Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates.
O problema está em nós. Nós como povo. Nós como matéria-prima de um país.
Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro. Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais.
Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.
Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos ....e para eles mesmos.
Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo; onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.
Pertenço a um país:
-Onde a falta de pontualidade é um hábito;
-Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.
-Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e, depois,reclamam
-Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.
-Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é 'muito chato ter que
-Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só
Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser 'compradas', sem se fazer qualquer exame.
- Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou
- Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão.
- Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos
Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.
Não. Não. Não. Já basta.
Como matéria-prima de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa.
Esses defeitos, essa 'CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA' congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente má,porque todos eles são portugueses como nós,ELEITOS POR NÓS.
Fico triste. Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje, o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria-prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos.
E não poderá fazer nada...
Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.
Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, nem serve Sócrates e nem servirá o que vier.
Qual é a alternativa?
Precisamos de mais um ditador,para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror?
Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa 'outra coisa' não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados....igualmente abusados!
É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda...
Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um messias.
Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer.
Está muito claro... Somos nós que temos que mudar.
Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos: desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e, francamente, somos tolerantes com o fracasso. É a indústria da desculpa e da estupidez.
Agora, depois desta mensagem, francamente, decidi procurar o responsável, não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir) que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido.
Sim, decidi procurar o responsável e
E você, o que pensa?.... *MEDITE*!
Eduardo Prado Coelho, in "Público"
sábado, 14 de fevereiro de 2009
« DESAFINADO »
Faz agora 50 anos que João Gilberto e Tom Jobim criaram o seu "Desafinado", que foi o passaporte para a internacionalização da "Bossa-Nova". Primorosa composição que de desafinado nada tinha a não ser o que os seus compositores queriam que parecesse desafinar.
Como a Literatura, a Música é, também, um precioso elemento de ligação e um priveligiado meio de unir os povos duma mesma Língua.
Mesmo que a CPLP os esqueça e por muito singela que seja esta homenagem a estes dois grandes compositores da lusofonia, eu, pelo menos, fico com a grande alegria de não os ter esquecido.
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
« HISTÓRIA DE CASAS-DE-BANHO »
Sofisticadas, originais ou clássicas, todas as casas de banho têm uma coisa em comum: são o último reduto da privacidade.
A primeira banheira antes de Cristo
Nair Alexandre (texto) José ventura e Reis Duarte Silva (fotos)Texto publicado na edição do Expresso de dia 3 de Janeiro de 2009.
- A 5ª COLUNA DA LUSOFONIA -
A 5ª coluna da lusofonia é, indubitavelmente, a Comunicação Social.Com os seus órgãos e os seus agentes, a Comunicação Social, salvo raras e honrosas excepções, é um factor de clivagem dentro das sociedades lusófonas e entre uns e outros. Ela actua em todos os sectores, desde a Literatura à Televisão, passando pela Imprensa e pela Rádio.Actuando de forma consciente uns, por seguidismo outros, os elementos desta 5ª coluna movimentam-se, principalmente, nos dois Países que mais responsabilidade têm na preservação da Lusofonia.O modo de actuar é bem insidioso, assumindo a forma de afirmações, insinuações e um mau tratamento despudorado da Língua. Despudorado, porque ao mau tratamento que se dá à Língua, embora a maioria o faça por ignorância e má formação profissional, os responsáveis com boa formação assistem impávidos aos erros que se cometem. Não me acredito que eles não detectem o erro quando um jornalista começa uma oração no pretérito perfeito e a termina no presente-do-indicativo; ou que substitua o condicional pelo indicativo ou que deixe de usar os verbos no futuro.Sei que alguns “democratas” irão dizer que isso são alterações que a Língua vai sofrendo e que são um sinal de vitalidade. Se isso é vitalidade, prefiro, então, a modorra das terras do interior onde ainda consigo ouvir português bem falado.Na realidade, para ouvir um português bem falado não tenho necessidade de me refugiar no interior de Portugal. Posso fazê-lo sempre que vou ao Brasil porque, doa a quem doer, no Brasil fala-se português melhor do que em Portugal. Estou a referir-me, logicamente, à classe média que é onde a Língua faz escola, na falta imperdoável e ridícula duma instituição que a normalize. Agora, que houve o Acordo Ortográfico, será uma boa altura para colmatar essa brecha, até porque a falta dele deixa de ser desculpa.Os exemplos são infindáveis, mas irei mencionar apenas alguns que tiveram como palco da tragédia instituições que prestam Serviço Público ou que, pelo menos, deveriam prestar. Basta debruçarmo-nos sobre a RDP e a RTP.Na RDP, temos a realizadora Madalena Balsa que apresenta excelentes programas mas que ao entrevistar uma escritora portuguesa que reside no estrangeiro e escreve em inglês, lamentou ela não ter sido traduzida “própriamente para português, foi traduzida para brasileiro”!...;-temos a realizadora Ana Aranha, que além de nos presentear com alguns excelentes trabalhos, há pouco tempo nos apresentou um programa no aniversário da queda da cadeira de Salazar, para o qual convidou só figuras de “esquerda” e onde o Snr.Fernando Rosas, com a falta de isenção que lhe é habitual, afirmou que quando se deu o 25 de Abril Portugal tinha a guerra em África perdida. Ora, qualquer pessoa razoavelmente informada sabe que isso não é verdade. Para fazer essa afirmação tão peremptória será que ele esteve lá ou será que assistiu aos noticiários em Argel ou refúgios semelhantes?;- temos os locutores, quase sem excepção, a dizerem Flórida em vez de Florida ( por coerência deveriam dizer New York e London em vez de Nova Iorque e Londres).Na RTP, temos o Snr. Júlio Isidro a mencionar as letras das canções em “brasileiro”, temos o Snr. Francisco José Viegas a dizer, de Manaus, que “não há dúvida que aqui fala-se outra Língua” e, para fechar com chave-de-ouro, registo a “brilhante” e “educativa” actuação, neste palco de desgraças, do autor do programa “Cuidado com a Língua” (mais propriamente se deveria chamar Cuidado com o Autor) que, no programa da semana passada, ao dissertar sobre o vocábulo Cuba teve a ideia peregrina de afirmar que Colon deu á ilha de Cuba este nome porque era o nome que os indígenas usavam.Mas o fenómeno, como acima disse, é comum a ambos os lados do Atlântico. Para as Rádios e Televisões do Brasil, é como se Portugal não existisse. Não transmitem música portuguesa, não exibem programas portugueses e quase parece que evitam falar de Portugal. Visto as Televisões estarem dominadas por descendentes de italianos este posicionamento não me surpreende. Temos bem perto de nós o exemplo da TV Record.O que é isto, meus senhores?!...Isto não é só ignorância; é a forma típica de actuação de uma 5ªcoluna
Etiquetas: Comunicação Social, Lusofonia